segunda-feira, dezembro 27, 2010

Lei criada para gays conquista heteros

Paris - Alguns são divorciados e desiludidos com o casamento; outros são casais jovens com oposição ideológica ao casamento, mas dispostos a aliviar sua carga de impostos a pagar. Muitos são amantes não muito preparados para o matrimônio à moda antiga.
Independente do motivo – e eles variam bastante – os casais franceses estão cada vez mais evitando os casamentos tradicionais e optando por uniões civis. Tanto que hoje são duas uniões civis para cada três casamentos.
Quando a França criou seu sistema de uniões civis em 1999, ela foi anunciada como uma evolução nos direitos dos homossexuais, por ser uma relação semelhante ao um casamento.
Mas ninguém previu como muitos casais fariam uso da nova lei. Nem que, em 2009, a esmagadora maioria das uniões civis seria entre casais de sexos diferentes.
Ainda não está claro se a ideia da união civil, chamada de pacte civil de solidarité, ou Pacs, é uma resposta ou uma causa de mudança nas atitudes sociais. Mas se mostrou notavelmente adequada para a França e suas particularidades envolvendo o casamento, divórcio, religião e impostos – e pode ser dissolvida apenas com uma carta registrada.
“Somos a geração dos pais divorciados”, explicou Maud Hugot, 32 anos, auxiliar do Ministério da Saúde que assinou um Pacs com a namorada, Nathalie Mondot, 33, neste ano. Expressando uma visão que, segundo pesquisadores, está se tornando lugar comum entre casais heterossexuais ou do mesmo sexo, ela acrescentou: “A ideia do casamento eterno ficou obsoleta”.
Tendência
A atratividade das uniões civis para os casais heterossexuais ficou evidente desde o início. Em 2000, apenas um ano depois da aprovação da lei, mais de 75% das uniões civis foram assinadas entre casais heterossexuais. Essa tendência só se fortaleceu: das 173.045 uniões civis assinadas em 2009, 95% foram entre casais heterossexuais.
“Isso tem sido cada vez mais comum”, disse Laura Anicet, 24, estudante que assinou um Pacs em novembro com o namorado de 29 anos, Cyril Reich. “Antes, para mim o Pacs era para casais homossexuais.”
Assim como ocorre com os casamentos tradicionais, as uniões civis permitem que os casais declarem imposto de renda em conjunto, isentam os cônjuges de impostos sobre herança, permitem que os parceiros compartilhem apólices de seguro, facilitam o acesso a permissão de residência para estrangeiros e tornam os parceiros responsáveis pelos débitos um do outro. Realizar uma união civil requer pouco mais que um único comparecimento diante de uma autoridade judicial, e terminá-la é ainda mais fácil.
Há muito tempo se tornou comum falar no verbo se pacser, em francês. Mais recentemente, feiras de casamento foram renomeadas para incluir o Pacs; lojas de departamento agora oferecem vale-presentes para Pacs; e agências de viagens oferecem pacotes de lua de mel depois de um Pacs.
Europa solteira
Embora as parcerias tenham explodido em popularidade, o número de casamentos continua a cair na França, assim como em toda a Europa. Somente 250 mil casais franceses se casaram em 2009, com menos de 4 casamentos para cada mil residentes; em 1970, quase 400 mil franceses se casaram.
A Alemanha também presencia uma queda similar no número de casamentos. Em 2009, houve apenas pouco mais de 4 casamentos para cada mil residentes, em comparação a mais de 7 por mil em 1970. Nos Estados Unidos, o índice atual é de 6,8 casamentos para cada mil residentes, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças.
A França não é o único país europeu a permitir uniões civis entre casais heterossexuais, mas nos poucos países onde isso é permitido – Luxemburgo, Andorra e Holanda – eles não são tão populares assim. Na Holanda, em 2009, por exemplo, houve apenas uma união civil para cada oito casamentos.
Se a tendência continuar, novas uniões civis logo podem superar o número de casamentos na França, como já ocorre no jovem e diversificado bairro 11ème Arrondissement, em Paris.
Embora os casamentos franceses sejam oficialmente consumados em cerimônias civis realizadas em órgãos públicos, não em igrejas, o casamento ainda é visto aqui como uma “instituição pesada e invasiva”, com laços profundos com o cristianismo, disse Wilfried Rault, sociólogo do Instituto Nacional para Estudos Demográficos em Paris.
“O casamento traz traços do aspecto religioso”, ele disse, muitas vezes uma anátema num país onde o secularismo há muito tempo vem sendo tratado como um princípio sagrado. “É uma inclinação ideológica dizer ‘Ninguém me diz o que fazer’”. Ele notou que uma pesquisa mostra que os níveis de fidelidade eram quase idênticos entre os casais em uniões civis e casamentos tradicionais.
Para alguns, a união civil é apenas uma forma de compromisso pré-matrimonial.

domingo, dezembro 26, 2010

Pregação Superficial



Estou comprometido com a pregação expositiva. Tenho a convicção inabalável de que a proclamação da Palavra de Deus sempre deve ser o âmago e o foco do ministério da igreja (2 Timóteo 4.2). E a pregação bíblica correta deve ser sistemática, expositiva, teológica e teocêntrica.

Esse tipo de pregação está em falta nestes dias. Há abundância de comunicadores talentosos no movimento evangélico moderno, porém os sermões de hoje tendem a ser curtos, superficiais e tópicos. Fortalecem o ego das pessoas e centralizam-se em assuntos completamente insípidos como relacionamentos, vida de sucesso, problemas emocionais e outros temas práticos, mas seculares.

Assim como os púlpitos de materiais leves e transparentes dos quais as mensagens são apresentadas, esse tipo de pregação não tem peso nem consistência; é barata e sintética, deixando pouco mais do que uma impressão efêmera na mente dos ouvintes.

Há algum tempo realizei um seminário sobre pregação em nossa igreja. Ao preparar-me para as palestras, peguei um caderno de anotações, uma caneta e comecei a listar os efeitos negativos desse tipo superficial de pregação, tão predominante no evangelicalismo moderno.
Inicialmente, pensei que seria capaz de identificar pelo menos dez efeitos negativos, mas, no final, eu havia alistado sessenta e uma conseqüências devastadoras! Apresento aqui as mais importantes como um aviso contra a pregação superficial — tanto para os pastores, nos púlpitos, quanto para seus ouvintes, nos bancos das igrejas.

USURPA A AUTORIDADE DE DEUS

Quem possui o direito de falar à igreja? O pregador ou Deus? Sempre que a Palavra de Deus é substituída por qualquer outra coisa, a autoridade dEle é usurpada. Que atitude arrogante! Na verdade, substituir a Palavra de Deus pela sabedoria do homem é uma atitude insolente. 


DESAFIA O SENHORIO DE CRISTO
Quem é o cabeça da igreja? Cristo é realmente a autoridade dominante no ensino da igreja? Se isso é verdade, por que há tantas igrejas nas quais a Palavra dEle não está sendo proclamada com fidelidade?
Quando observamos o ministério contemporâneo, vemos programas e métodos que são fruto da invenção humana, resultado de pesquisa de opinião pública e avaliação da vizinhança da igreja, além de outros artifícios pragmáticos. Os especialistas em crescimento de igreja têm lutado para assumir o controle das atividades da igreja, tomando-o de seu verdadeiro Cabeça, o Senhor Jesus Cristo.
Quando Jesus Cristo é exaltado no meio de seu povo, seu poder é manifestado na igreja. Quando a igreja é controlada por comprometedores cuja única ambição é conformar-se à cultura, o evangelho é minimizado, o verdadeiro poder é perdido, uma energia artificial precisa ser fabricada, e a superficialidade toma o lugar da verdade.

OBSTRUI A OBRA DO ESPÍRITO SANTO

Ele usa a Palavra de Deus para realizar a sua obra. Ele a usa como instrumento de regeneração (1 Pe 1.23; Tg 1.18) e de santificação (Jo 17.17). Na verdade, a Palavra de Deus é a única ferramenta que o Espírito Santo usa (Ef 6.17). Então, quando os pregadores negligenciam a Palavra de Deus, debilitam a obra do Espírito Santo, produzindo conversões superficiais e crentes aleijados em sua vida espiritual — e, talvez, completamente falsos.

Conseqüentemente, o púlpito perde o seu poder. “A palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes” (Hb 4.12). Qualquer outra coisa é impotente, oferecendo apenas uma ilusão de poder. A habilidade do homem em seduzir as pessoas não deve impressionar-nos mais do que a capacidade da Bíblia em transformar vidas.

DEMONSTRA FALTA DE SUBMISSÃO

Nas abordagens modernas de “ministério”, a Palavra de Deus é deliberadamente subestimada; o opróbrio de Cristo (Hb 11.26), repudiado com sagacidade; a ofensa do evangelho, removida com cuidado; e a “adoração”, moldada com o propósito de se ajustar às preferências dos incrédulos. Isto não é nada mais do que uma recusa em se submeter ao mandamento bíblico para a igreja. A insolência dos pastores que seguem um caminho como esse é assustadora para mim.

SEPARA O PREGADOR DA GRAÇA DE SANTIFICAÇÃO

O maior benefício pessoal que recebo da pregação é a obra que o Espírito de Deus realiza em minha própria alma, quando estudo e me preparo para duas mensagens expositivas a cada Dia do Senhor. Semana após semana, o dever da exposição cuidadosa mantém o próprio coração focalizado e fixo nas Escrituras; e a Palavra de Deus me alimenta, enquanto me preparo para alimentar o rebanho.
Deste modo, eu mesmo sou abençoado e fortalecido espiritualmente por meio deste empreendimento. Ainda que não houvesse qualquer outra razão, eu jamais abandonaria a pregação bíblica. O inimigo de nossa alma persegue os pregadores, e a graça santificadora da Palavra de Deus é essencial à nossa proteção.

OBSCURECE A TRANSCENDÊNCIA DE NOSSA MENSAGEM

Conseqüentemente, a pregação superficial enfraquece tanto a adoração congregacional como a adoração pessoal. O que hoje é recebido como pregação, em algumas igrejas, é tão superficial quanto as mensagens que os pregadores de gerações anteriores ministravam em cinco minutos às crianças. Isto não é exagero. Esse tipo de abordagem torna impossível a verdadeira adoração, porque a adoração é uma experiência transcendente que deveria nos elevar acima do que é mundano e simplista.

A verdadeira adoração é uma resposta do coração à verdade de Deus (Jo 4.23). O nosso povo não pode ter pensamentos sublimes a respeito de Deus, se não os fazemos mergulhar nas profundezas da auto-revelação de Deus. Mas a pregação de hoje não é profunda nem transcendente. Não se aprofunda nem se eleva às alturas. Almeja apenas entreter.

IMPEDE O PREGADOR DE DESENVOLVER A MENTE DE CRISTO
Os pastores devem viver em submissão a Cristo. Muitos pregadores modernos se mostram de tal modo determinados a compreender a cultura, que desenvolvem a mente da cultura, e não a mente de Cristo. Começam a pensar como o mundo, e não como o Salvador.

Sinceramente, as nuanças da cultura mundana são irrelevantes para mim. Quero conhecer a mente de Cristo e usá-la para influenciar a cultura, não importando qual seja a cultura em que ministro. Se tenho de subir ao púlpito e ser representante de Jesus Cristo, quero conhecer o que Ele pensa — e declarar isso ao seu povo.

DEPRECIA A PRIORIDADE DO ESTUDO BÍBLICO PESSOAL
O estudo bíblico pessoal é importante? Claro que sim! Mas, que exemplo o pregador oferece quando negligencia a Bíblia em sua própria pregação? Por que estudariam a Bíblia, se o próprio pregador não a estuda com seriedade, ao preparar seus sermões?

Alguns dos gurus do ministério “Sensível aos Interessados” nos aconselham a retirar do sermão todas as referências explícitas à Bíblia. Eles dizem: “Nunca peça à sua congregação que abra a Bíblia em uma passagem específica, porque esse tipo de coisa deixa os interessados desconfortáveis”.

Algumas igrejas “sensíveis aos interessados” desencorajam veementemente seus membros a trazerem Bíblias à igreja, com receio de que a visão de tantas Bíblias intimide os interessados. Como se fosse perigoso dar ao povo a impressão de que a Bíblia é importante!

SILENCIA A VOZ DE DEUS
Jeremias 8.9 diz: “Os sábios serão envergonhados, aterrorizados e presos; eis que rejeitaram a palavra do SENHOR; que sabedoria é essa que eles têm?”

Quando eu falo, quero ser o mensageiro de Deus. Não estou interessado em interpretar o que algum psicólogo, ou guru de negócios, ou professor universitário tem a dizer sobre qualquer assunto. O meu povo não precisa de minha opinião; precisa ouvir o que Deus tem a dizer. Se pregarmos como a Escritura nos ordena, não será difícil saber de quem é a mensagem que vem do púlpito.

PRODUZ INDIFERENÇA EM RELAÇÃO À GLÓRIA DE DEUS
A pregação “sensível aos interessados” nutre pessoas centralizadas em seu próprio bem-estar. Quando você diz às pessoas que o principal ministério da igreja é consertar para elas o que estiver errado nesta vida — suprir suas necessidades e ajudá-las a enfrentar seus desapontamentos neste mundo — a mensagem que você está enviando é que os problemas desta vida são mais importantes do que a glória de Deus e a majestade de Cristo. Novamente, isto corrompe a verdadeira adoração.

ROUBA ÀS PESSOAS A SUA ÚNICA FONTE DE AJUDA VERDADEIRA
As pessoas que vivem sob um ministério de pregação superficial tornam- se dependentes da habilidade e criatividade do orador. Assim, elas se tornam espiritualmente inativas e vão à igreja apenas para serem entretidas. Não têm interesse pessoal na Bíblia, porque os sermões que ouvem não emergem das Escrituras. São impressionadas pela criatividade do pregador e manipuladas pela música; e isso se torna toda a sua perspectiva de espiritualidade.

ENGANA AS PESSOAS QUANTO AO QUE ELAS REALMENTE PRECISAM
Em Jeremias 8.11, Deus condena os profetas que tratavam de modo superficial as feridas do povo. Este versículo se aplica poderosamente aos pregadores artificiais que ocupam muitos púlpitos evangélicos proeminentes, em nossos dias. Tais pregadores omitem as verdades mais severas sobre o pecado e o julgamento. Abrandam as partes ofensivas da mensagem de Cristo.

Enganam as pessoas sobre aquilo que elas realmente precisam, prometendo- lhes “satisfação” e bem-estar terreno, quando o que necessitam é de arrependimento, fé e uma visão exaltada de Cristo, bem como de um verdadeiro entendimento do esplendor da santidade de Deus.

Portanto, os pastores têm de pregar a Palavra, embora fazê-lo esteja fora de moda em nossos dias (2 Tm 4.2). Essa é a única maneira pela qual o ministério deles pode dar frutos. Além do mais, a pregação da Palavra assegura que os pastores serão frutíferos no ministério, porque a Palavra de Deus jamais volta vazia para Ele; ela sempre faz aquilo que Lhe apraz e prospera naquilo para o que foi designada (Is 55.11).


John MacArhtur, autor de mais de 150 livros e conferencista internacional, é pastor da Grace Comunity Church, em Sum Valley, Califórnia, desde 1969; é presidente do Master’s College and Seminary e do ministério “Grace to You”; John e sua esposa Patrícia têm quatro filhos e quatorze netos. 






domingo, dezembro 19, 2010

Natal, a boa nova de grande alegria


José e Maria não encontraram lugar em Belém. A cidade estava lotada e as hospedarias indisponíveis. A hora de Jesus nascer havia chegado, e por não ter encontrado espaço entre os homens para nascer, nasceu numa estrebaria, um abrigo de animais. O Filho de Deus, o Rei dos reis não nasceu num palácio, mas numa manjedoura. Aquele que é o criador e dono do mundo não nasceu num berço de ouro, mas num berço de palha. Aquele que dirige os céus e a terra e cujo governo está sob seus ombros esvaziou-se e tornou-se um infante. Naquela noite em Belém, nasceu o Sol da justiça. O anjo de Deus desceu do céu e anunciou aos pastores que guardavam seus rebanhos: "Não temais, eis que vos trago boa nova de grande alegria: é que hoje vos nasceu na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor" (Lc 2.11). A mensagem natalina que vem do céu tem sua centralidade não nos anjos nem em Maria, mas em Jesus. Três verdades são aqui destacadas:
1. Jesus é o Salvador – "… é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador…" (Lc 2.11). Duas verdades sublimes saltam aos nossos olhos aqui. A primeira delas é que Deus cumpre a sua Palavra. Jesus deveria nascer em Belém, a cidade de Davi. Para isso Deus moveu todo o império romano, a fim de que um recenseamento fosse feito. Com isso, a jovem Maria que estava grávida em Nazaré, na Galiléia, subiu para as montanhas de Belém, na Judéia, porque José era belemita e deveria alistar-se em sua cidade natal. A Palavra de Deus não pode falhar. A profecia deveria se cumprir. A segunda verdade é que Jesus foi anunciado pelo anjo como o Salvador. Ele recebeu o nome de Jesus exatamente porque veio para salvar o seu povo de seus pecados. Ele nos salva não pelo seu exemplo nem pelos seus ensinos, mas pela sua morte. Ele nasceu para morrer. Ele nasceu como sacrifício. Ele nasceu como o Cordeiro que tira o pecado do mundo. Ele nasceu como nosso substituto. Ele carregou em seu corpo o nosso pecado. Ele deu sua vida por nós. Ele foi ferido e traspassado pelas nossas iniquidades, a fim de recebermos o dom da vida eterna.
2. Jesus é o Cristo – "… que é Cristo…" (Lc 2.11). O Salvador é o Cristo. Ele é o Messias prometido. Sua vinda não foi acidental. Sua vinda não foi de improviso. Sua vinda foi planejada na eternidade e prometida na história. Os patriarcas falaram de sua vinda. As profecias apontaram para a sua vida. Todo o Velho Testamento foi uma preparação para a sua vinda. Os sacrifícios no tabernáculo e no templo eram sombras do seu sacrifício perfeito. O Messias é o centro da eternidade. É o centro da Bíblia. É o centro da história. Ele é a figura central nos decretos de Deus. Ele é a figura central da igreja. Ele é a figura central no céu. Tudo é dele, por meio dele e para ele. Ele é o Alfa e o Ômega da redenção. Todas as coisas do tempo e da eternidade convergem para ele. Todas as coisas nele subsistem. Ele é o Cristo, o Messias, o desejado de todas as nações.
3. Jesus é o Senhor - "… o Senhor" (Lc 2.11). Jesus é o Salvador, o Messias e também o Senhor. Ele é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores. Todos os poderes do universo estão sob seu governo. Ele está à destra de Deus Pai e tem o livro da história em suas onipotentes mãos. Ele governa as nações e reina sobranceiro e absoluto sobre sua igreja. Ele recebeu o nome que é sobre todo o nome e diante dele todo joelho se dobra no céu, na terra e debaixo da terra. Aquela criança que nasceu em Belém tem o cetro do universo. Ele é maior do que César. Ele é maior do que os reis deste mundo. Ele é o soberano do universo. Diante dele todos os reis precisam se dobrar. Aos seus pés todos precisam depositar suas coroas. Precisamos conhecer o Jesus do Natal. Ele é o Salvador do mundo. Ele é o Messias de Deus. Ele é o Senhor do universo. Ele tem as rédeas da história em suas mãos.

Hernandes Dias Lopes,casado com Udelmita Pimentel Lopes, pai de Thiago e Mariana. Bacharel em teologia pelo seminário Presbiteriano do Sul, Campinas, SP e doutor em ministério pelo Reformed Theological Seminary de Jackson, Mississippi, Estados Unidos. Pastor da primeira Igreja Presbiteriana de Vitória, Espírito Santo, desde 1985. Conferencista e escritor, com mais de 40 livros publicados.

quarta-feira, dezembro 15, 2010

Prega a Palavra


Toda época de reforma e despertamento espiritual tem sido iniciada por uma restauração da pregação bíblica. A causa e o efeito são inseparáveis e invariáveis. J. H. Merle D’Aubignè, famoso historiador da Reforma, escreveu: “A única e verdadeira reforma é aquela que emana da Palavra de Deus”. Isso significa: a condição da igreja corresponde à condição do púlpito.
Isso aconteceu à igreja por ocasião da Reforma Protestante, no século XVI. Martinho Lutero, João Calvino e outros reformadores foram levantados por Deus para liderar essa época. Na vanguarda, estava a sua restauração da pregação expositiva que contribuiu ao desencadeamento do movimento religioso que mudou a Europa e, por fim, a civilização ocidental. Tendo o Sola Scriptura como seu lema, uma nova geração de pregadores bíblicos restaurou o púlpito à sua glória anterior e ressuscitou o cristianismo apostólico.

O mesmo aconteceu na época áurea dos puritanos, no século XVII. Uma restauração da pregação bíblica se propagou como um fogo violento na religião árida da Escócia e da Inglaterra. Um ressurgimento do cristianismo autêntico aconteceu quando um exército de expositores bíblicos – John Owen, Jeremiah Burroughs, Samuel Rutherford e outros – marchou sobre o Império Britânico com a Bíblia aberta e voz erguida. Como conseqüência, a monarquia foi abalada, e a história, alterada.

O século XVIII testemunho exatamente a mesma coisa. A pregação de Jonathan Edwards, George Whitefield e dos Tennents, saturada de Bíblia, trovejou nas colônias primitivas na América. O litoral do Atlântico foi energizado pela proclamação do evangelho, e a Nova Inglaterra, grandemente impactada. A Palavra era pregada, almas eram salvas, e o reino se expandia.
O fato é que a restauração da pregação bíblica sempre foi o principal fator em todo avivamento genuíno do cristianismo. Philip Schaff escreveu: “Todo verdadeiro progresso na história da igreja é condicionado por um novo e profundo estudo das Escrituras”. Isso significa: todo grande avivamento na igreja tem sido iniciado por um retorno à pregação expositiva.

D. Martyn Lloyd-Jones, pregador da Capela de Westminster, disse: “A necessidade mais urgente da igreja cristã contemporânea é a verdadeira pregação. E, se essa é a maior e a mais urgente necessidade da igreja, ela é também a grande necessidade do mundo”. Se esse diagnóstico é correto (e creio que é), um retorno à verdadeira pregação – pregação bíblica, expositiva – é a grande necessidade desta hora crítica. Se uma reforma precisa vir à igreja, ela tem de começar no púlpito.
Em seus dias, o profeta Amós advertiu quanto a uma penúria vindoura, uma secura terrível que cobriria a terra. Mas não seria a mera ausência de água e alimentos, pois a escassez seria muito mais fatal. 

Seria uma fome de ouvir a Palavra de Deus (Am 8.11). É certo que a igreja contemporânea se acha em dias de escassez semelhantes àqueles. Tragicamente, a exposição bíblica está sendo substituída por entretenimento; a doutrina, por dramatização; e a teologia, por teatro; e a pregação, por apresentações. O que é desesperadoramente necessário é que os pastores retornem à sua vocação sublime – a comissão divina de “pregar a Palavra” (2 Tm 4.1-2).
O que é pregação expositiva? João Calvino, o reformador de Genebra, explicou: “ Pregar é a exposição pública da Escritura por meio do homem enviado da parte de Deus, pela qual Deus mesmo é apresentado em juízo e graça”. Em outras palavras, Deus está sempre presente, por meio de seu Espírito, na pregação de sua Palavra. Esse tipo de pregação começa com um texto bíblico, permanece nele e mostra o seu significado tencionado por Deus, de um modo que transforma a vida.

Esta foi a última responsabilidade que Paulo outorgou a Timóteo: “Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina” (2 Tm 4.2). Essa pregação precisa declarar todo o conselho de Deus na Escritura. Toda a Palavra escrita de Deus tem de ser exposta. Temos de ensinar todas as verdades, expor todos os pecados, oferecer todas as graças e apresentar todas as promessas.
Um avivamento enviado do alto começará somente quando a Escritura for entronizada novamente no púlpito. Tem de haver uma proclamação retumbante da Bíblia, aquele tipo de pregação que apresenta uma explicação clara de um texto bíblico com aplicação, exortação e apelo constrangedores.

Todo pregador deve limitar-se às verdades da Escritura. Quando a Bíblia fala, Deus fala. O homem de Deus não tem nada a dizer sem a Bíblia. Não deve exibir suas opiniões pessoais no púlpito. Tampouco deve expor filosofias mundanas. O pregador está limitado a uma tarefa: pregar a Palavra.
Charles Haddon Spurgeon disse: “Prefiro falar cinco palavras deste Livro a falar 50.000 palavras dos filósofos. Se queremos avivamentos, temos de ressuscitar nossa reverência para com a Palavra de Deus. Se queremos conversões, temos de colocar mais da Palavra de Deus em nossos sermões”. Isso continua sendo a necessidade gritante de nossa época.
Que uma nova geração de homens poderosos se levante e fale, e façam-no de modo altissonante e claro! A condição da igreja corresponde à condição do púlpito.

Dr. Steven J. Lawson é o pastor da Christ Fellowship Baptist Church em Mobile, Alabama. Obteve seu Bacharelado em Administração de Empresas na Universidade Tecnológica do Texas, Mestrado em Teologia no Seminário Teológico de Dallas e Doutorado em Ministérios no Seminário Teológico Reformado. Dr. Lawson escreveu catorze livros, incluindo Foundations of Grace,Famine in the Land e um comentário sobre os Salmos, em dois volumes, além de A Arte Expositiva de João Calvino e As Firmes Resoluções de Jonathan Edwards, ambos publicados em português pela Editora Fiel. Dr. Lawson será um dos preletores da 26ª Conferência Fiel no Brasil, em 2010. É casado com Anne, com quem tem três filhos, Andrew, James, e John, e uma filha, Grace Anne.





Traduzido por: Wellington Ferreira

Copyright:© Ligonier Ministries / Tabletalk Magazine / Steven Lawson

© Editora FIEL 2010.

Traduzido do original em inglês: Preach the Word. Revista Tabletalk, Janeiro de 2010. Com permissão de Ligonier Ministries.

O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.

sexta-feira, dezembro 10, 2010

ONG diz que crise aumentou corrupção no mundo; percepção é igual no Brasil

Berlim, 9 dez (EFE).- A crise deu fôlego à corrupção nos últimos três anos no mundo todo, e especialmente na América do Norte e na Europa, é o que aponta o Barômetro Global da Corrupção 2010, publicado nesta quinta-feira pela ONG Transparência Internacional (TI), percepção que se repete na opinião dos brasileiros.    
O documento destaca que em 73% dos cidadãos pesquisados na Europa e 67% dos interrogados na América do Norte consideram que os crimes financeiros aumentaram no último triênio em seus respectivos países. Na opinião de 64% dos brasileiros entrevistados a corrupção aumentou no mesmo período. Conforme o levantamento, 27% dos brasileiros acreditam que a corrupção ficou estável, enquanto 9% percebem redução.
Na media mundial, os que acreditam que a corrupção aumentou no período ficou em 56%, enquanto 30% consideram que se manteve e só 14% percebem melhoria.
Os países em que os cidadãos percebem que a corrupção piorou nos últimos três anos são Senegal (88%), Romênia (87%), Venezuela (86%), Papua Nova Guiné (85%), Portugal (83%), Peru (79%) e Paquistão e Iraque (77%).
Na Espanha, 73% dos entrevistados consideram que a corrupção se estendeu neste período, contra 24% que mantém que segue constante e 3% acreditam que se reduziu.
"A crise financeira contínua afetando à opinião das pessoas sobre a corrupção, especialmente na Europa e na América do Norte", garantiu a presidente da TI, Huguette Labelle, em comunicado.
Sugeriu que os Governos de todo o mundo "mostrem seus esforços para restaurar as boas práticas de governança e de confiança" de seus cidadãos nas instituições públicas.
Este estudo, diferente do Índice de Percepção da Corrupção também publicado anualmente pela TI, não classifica os países em um único ranking, mas por enfoque temático.
Nesta edição, o Barômetro Global da Corrupção está centrado, entre outros assuntos, na percepção pública da transparência das instituições.
A ONG alemã classifica de "triste" que oito em cada dez pesquisados no mundo considerem que os partidos políticos são "corruptos" ou "extremamente corruptos", seguidos da falta de transparência pelo conjunto de funcionários públicos e os órgãos legislativos nacionais.
Sete em cada dez dos entrevistados garantem que denunciariam qualquer caso de corrupção, percentual que se reduz a 50% no caso de serem vítimas pessoais de um delito econômico deste tipo.
"A mensagem deste Barômetro de 2010 é que a corrupção é insidiosa. Faz as pessoas perderem a fé. A boa notícia é que o povo está disposto a atuar", garantiu Labelle. EFE
[AEBD] Estamos vivendo em uma sociedade sem valores éticos e morais, cada dia que passa a humanidade tem buscado satisfazer seus prazeres, é ai que mora o perigo, por que os prazeres nunca serão satisfeitos, então começa a sagacidade do homem. Podemos dizer que essa geração pós-moderna esta vivendo no conceito (cada um por si, e o resto que se dane), nesse conceito de tirar proveito de tudo ele começa com os desvios de comportamento, deixando princípios éticos morais. Ai começa nascer um corrupto.
Mais ainda à esperança para o ser humano decaido: Através da Palavra de Deus, seguindo os ensino do mestre nosso Senhor Jesus.
Saiba disto: nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis.
...Os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios,
...sem amor pela família, irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem,
...traidores, precipitados, soberbos, mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus,
...Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, 2 Timóteo 3.1-4,16


sábado, dezembro 04, 2010

Brasil reconhece oficialmente a existência do Estado Palestino


O Governo Brasileiro reconheceu oficialmente o Estado Palestino conforme as fronteiras de 1967. Isso significa que foram reconhecidos, como parte de uma nação palestina, territórios ainda ocupados por Israel. De Brasília, o repórter Fábio William explica.
O Itamaraty só divulgou a informação nesta sexta-feira, mas a resposta foi dada na última quarta-feira. No dia 24 de novembro, o presidente Lula recebeu uma carta do presidente da Autoridade Nacional Palestina.
Nela, Mahmoud Abbas pedia o reconhecimento do Estado Palestino nas fronteiras de 1967 e destacou que a decisão seria importante e histórica para encorajar outros países do continente a seguir a mesma posição.
Também em carta, Lula aceitou o pedido e disse acreditar que o reconhecimento do Estado Palestino é o melhor caminho para a paz no Oriente Médio. O embaixador da Autoridade Palestina em Brasília comemorou a decisão brasileira.
“O Brasil é o Brasil, um país muito importante, muita gente, muitos países observam a atitude do Brasil antes de tomar algumas decisões”, disse Ibrahim Al Zeben, embaixador da Autoridade Palestina.
O moderno Estado de Israel foi criado em 1948, quando os judeus declararam a Independência amparados numa resolução das Nações Unidas. No dia seguinte, o país foi invadido por Iraque, Líbano, Egito, Síria e Jordânia. Os israelenses repeliram a invasão e ampliaram o território.
Em 67, após ameaças e demonstrações de força militar do Egito, Israel deflagrou um ataque preventivo. Começava a Guerra dos Seis Dias. Ao fim dela, Israel havia tomado a Faixa de Gaza, a Península de Sinai, a Cisjordânia e as Colinas de Golan. Nesse mesmo ano, uma resolução da ONU determinou a desocupação desses territórios.
Em 73, num ataque surpresa no Yom Kipur, o dia do perdão para os judeus, Síria e Egito fracassaram na tentativa de reconquistar esses territórios perdidos.
Cinco anos depois, os egípcios assinaram um acordo de paz com os israelenses, que depois devolveram toda a Península do Sinai.
Em 2005, Israel retirou os assentamentos e as tropas da Faixa de Gaza, que passou a ser controlada pelos palestinos. No ano seguinte, o grupo radical palestino Hamas venceu as eleições legislativas.
As divergências entre o Hamas e o Fatah, grupo de Abbas, levaram a um conflito entre os dois grupos. Desde então, o Hamas passou a controlar Gaza e o Fatah, mais moderado, a Cisjordânia.
Para se defender de ataques do Hamas, Israel passou a impor um bloqueio militar a Gaza. Muitas questões entre israelenses e palestinos permanecem sem solução.
Os palestinos, por exemplo, querem Jerusalém oriental como capital de um futuro Estado. Israel afirma que a cidade capital é indivisível.
Outra questão delicada diz respeito aos refugiados palestinos, que eram 700 mil em 1948.
Hoje são quatro milhões. Israel não quer a volta desses refugiados para seu território.
Para o Governo Brasileiro, reconhecer o Estado Palestino é a atitude mais acertada. E isso já foi feito por mais de cem países. Segundo o Itamaraty, a decisão não vai prejudicar as relações diplomáticas com Israel.
Em 1988, o Conselho Nacional Palestino adotou a Declaração de Independência, como o Fábio William disse, reconhecida por mais de cem países. No mesmo ano, a Assembléia Geral das Nações Unidas adotou uma resolução, com o voto brasileiro, na qual tomou conhecimento da declaração palestina.
Assista o vídeo da notícia: clique aqui
[Aebd]: O Governo brasileiro não sabe o que esta fazendo se aliando com lideres que são opositores de Israel, e agora se declarando reconhecer o Estado Palestina, ( não existe palestina, não existe povo palestino, e sim uma mistura de invasores das regiões próximas de Israel.) Aquela região é por direito de Israel.

Jeremias 31. 35,36 Assim diz o SENHOR, que dá o sol para luz do dia, e as ordenanças da lua e das estrelas para luz da noite, que agita o mar, bramando as suas ondas; o SENHOR dos Exércitos é o seu nome.
...Se falharem estas ordenanças de diante de mim, diz o SENHOR, deixará também a descendência de Israel de ser uma nação diante de mim para sempre.


sexta-feira, dezembro 03, 2010

Sugestão de leitura para o mês de dezembro

Quando, em 430 d.C., Agostinho entregou a liderança de sua igreja, seu sucessor ficou tão devastado pelo sentimento de inadequação para o cargo que declarou: “O cisne silenciou”, temendo que a voz do gigante espiritual se perdesse com o tempo. Mas, por mil e seiscentos anos, Agostinho não silenciou – nem aqueles que, depois dele, anunciaram fielmente a causa de Cristo. A vida deles tem inspirado todas as gerações de crentes e deve despertar em nós uma grande paixão por Deus.
William TyndaleEntender a palavra de Deus na linguagem comum do homem foi a paixão propulsora de Tyndale. Ele foi combatido de forma cruel, acusado falsamente, preso e martirizado por causa de seu compromisso. Contudo, motivado pelo exemplo de Cristo, ele estava decidido a que toda pessoa tivesse acesso à verdade.
Adoniram JudsonAlcançar uma nação totalmente hostil para Cristo a despeito das devastadoras perdas, da mais sombria depressão e da tortura despótica foi o preço pago por Judson para revelar um Salvador poderoso. Sua dedicação inquebrantável à palavra e a fé em Deus moveram-o a ser o precursor de uma força cristã que permanece até hoje.
John PatonDespertar a causa das missões mundiais foi o que motivou Paton a incitar colaboradores no mundo inteiro para a colheita e a viver corajosamente entre canibais para que eles pudessem conhecer Jesus. Seu ministério tornou-se uma história que anunciaria o chamado para as missões por gerações ainda por vir.
Esses três homens foram embaixadores fiéis que enfrentaram aflições momentâneas e a morte, diariamente, para que outros pudessem colher a eternidade no céu. Que sua fidelidade e  sacrifício possam intensificar sua paixão por tornar o amor e o mérito de Cristo conhecidos entre as nações.

John Piper

É pastor titular da Bethlehem Baptist Church desde 1980. Tem escrito numerosos livros que chamam os leitores a difundir a paixão pela supremacia de Deus, em todas as coisas, para a alegria de todas as pessoas.




quarta-feira, dezembro 01, 2010

OAB-SP lança campanha contra consumo de álcool

Consultor Jurídico
A OAB de São Paulo empossa, nesta segunda-feira (29/11), os membros da Comissão de Estudos sobre Educação e Prevenção de Drogas e Afins.

Durante o evento, será lançada a Campanha Contra o Uso Abusivo de Álcool, que pretende conscientizar a população sobre o consumo de bebidas alcoólicas entre jovens. “O álcool é a porta de entrada para drogas mais pesadas. Infelizmente, muitos pais são permissivos e toleram o consumo de bebidas entre os filhos”, destaca o presidente da comissão, o advogado e conselheiro Cid Vieira de Souza Filho.

A campanha vai reunir representantes do Tribunal de Justiça de São Paulo, do Ministério Público, da Prefeitura de São Paulo, consulados, Polícias Civil e Militar, médicos e colégios. “A proposta é ouvir a sociedade para buscar sugestões sobre o combate ao consumo do álcool, propor ações e cobrar as autoridades”, destacou Souza Filho.

Para ele, a legislação precisa prever medidas administrativas efetivas para fechar os estabelecimentos que vendem álcool para menores de idade. Atualmente, a Lei de Contravenções Penais pune a prática de servir bebida a adolescente com detenção de dois meses a um ano. “A legislação tem de ser mais rígida, como no caso dos Estados Unidos, sem deixar nenhuma brecha de interpretação”.

No ano passado, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) apresentou o Projeto de Lei 68/09, que propõe pena de seis meses a quatro anos de detenção e multa a quem vender, fornecer, servir ou entregar bebida alcoólica a criança ou adolescente. O projeto, aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), visa a incluir esse tipo penal no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Para o presidente da OAB-SP, Luiz Flávio Borges D’Urso, a sociedade ainda não deu a devida atenção ao alcoolismo entre os jovens. "A Pesquisa Nacional de Saúde Escolar do IBGE apontou que 71% dos estudantes ouvidos já experimentaram bebida com álcool . Isso é grave porque outras drogas se seguem ao álcool, com reflexos negativos na vida dos jovens, de suas famílias e da sociedade". O lançamento da campanha será às 19h, no Salão Nobre da OAB-SP, localizada na Praça da Sé, 385, 1º andar.

A comissão
A Comissão de Estudos sobre Educação e Prevenção de Drogas e Afins é uma iniciativa de Souza Filho, após quatro meses de trabalho. “Em 30 anos de advocacia, presenciei, por diversas vezes, a angústia de pais que tiveram de buscar seus filhos envolvidos com drogas em delegacias ou mesmo reconhecê-los no IML”, afirmou Souza Filho

O grupo é formado por uma equipe multidisciplinar, já que o tema também envolve questões de saúde pública. “Inicialmente, vamos tratar da conscientização sobre o uso de drogas, mas nosso objetivo é ampliar essa discussão”, contou o psiquiatra forense Guido Arturo Palomba, que também faz parte da comissão.

Para ele, a recuperação dos dependentes químicos é um dos problemas mais graves. “Teremos de enfrentar o desafio de como lidar com a epidemia do crack. Temos boas clínicas de recuperação particulares, que possuem estrutura semelhante às clínicas de outros países, porém, por serem muito caras, elas atendem a um número restrito de pessoas”. As clínicas particulares são fiscalizadas pelos conselhos de classe, como o Conselho Regional de Medicina e o Conselho Regional de Pscologia.

Para quem não tem recursos, a saída é recorrer a uma clínica pública. Porém, segundo Palomba, as unidades administradas pelo estado possuem poucas vagas. Isso porque, a partir de 1985, houve um movimento antimanicomial que reformulou o modelo de atenção à saúde mental, transferindo o foco do tratamento à rede de atenção psicossocial, estruturada em unidades de serviços comunitários e abertos. “Hoje, o dependente químico que procura a rede pública de saúde é transferido para um hospital geral e fica internado por, no máximo, sete dias, tempo insuficiente para a sua recuperação”, explicou o psiquiatra.

Ele afirmou que o tratamento é um processo longo, que deve envolver também a família, mas a internação não pode ser descartada. “A internação é necessária para afastar o dependente da droga. A comissão pretende chamar a atenção das autoridades para o problema da falta de vagas para internação”.

O estado de São Paulo possui três instituições de recuperação, localizadas em Cotia, em Itapira e em São Bernardo do Campo; um Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Crato), no Bom Retiro; e leitos em hospitais gerais. As prefeituras também atendem o público, por meio dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps).

Composição da Comissão de Estudos sobre Educação e Prevenção de Drogas e Afins

Presidente
Cid Vieira de Souza Filho

Membros efetivos
Fábio Luciano Gomes Selhorst
Marcelo Manhães de Almeida
Maurício Silva Leite
Tallulah Kobayashi de Andrade Carvalho
Umberto Luiz Borges D’Urso

Membro colaborador
Paulo Duarte Cibella

Membros consultores

Agostinho Teixeira
Alfonso Presti
Antonio Carlos Malheiros
Antonio Penteado Mendonça
Ciro Pinheiro e Campos
Elisabeth Massuno
Guido Arturo Palomba
José Aurélio Ramalho
Lilian Cristina da Silva
Luiz Alberto Chaves de Oliveira
Reinaldo Correa
Silvana Regina Elias Leporace
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas) 
Fonte:AntiDrogas

segunda-feira, novembro 29, 2010

Crianças são 40% das vítimas do fumo passivo no Brasil, indica OMS

Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que quase 40% das vítimas do fumo passivo no Brasil são crianças.
Segundo cálculos do médico Mattias Öberg, do instituto sueco Karolinska, que colaborou com a pesquisa, 2,8 mil dos 7,5 mil brasileiros vitimados pela convivência com o cigarro são crianças com menos de 5 anos de idade.Entre as crianças, as principais causas de morte por fumo passivo são infecções respiratórias - na maioria do casos, pneumonia.
A pesquisa indica que o fumo passivo mata 603 mil pessoas anualmente, em 192 países. Deste número, a proporção de crianças é de pouco menos de 30% - ou 165 mil.
O estudo da OMS é o primeiro já realizado sobre o tema, tendo como base dados de 2004.
Pais fumantes
De acordo com as estimativas, uma em cada quatro crianças brasileiras tem pelo menos o pai ou a mãe fumante e, por isso, acaba ficando exposta aos efeitos nocivos do cigarro dentro de casa.
'Especialmente em países pobres ou emergentes, como o Brasil, onde há maior incidência de doenças infecciosas, a combinação com o fumo passivo pode ser mortal', declarou a médica da OMS que liderou a pesquisa, Annette Prüss-Ustün.
Além do risco de sofrer doenças respiratórias, os pulmões de crianças que aspiram a fumaça do cigarro podem se desenvolver mais lentamente do que os pulmões de quem cresce em um lar sem fumo.
Entre os adultos brasileiros vítimas do fumo passivo, o estudo aponta 4 mil mortes por problemas cardíacos, 380 por asma e 300 por câncer de pulmão.
Taxas de exposição
A pesquisa revela ainda que 40% das crianças, 33% dos homens não-fumantes e 35% das mulheres não-fumantes aspiram regularmente a fumaça do cigarro de outras pessoas, especialmente na Europa e na Ásia.
As menores taxas de exposição foram encontradas nas Américas, no Mediterrâneo Oriental e na África.
Estima-se que essa exposição tenha causado 379 mil mortes por doenças cardíacas, 165 mil por infecções respiratórias, 36,9 mil por asma e 21,4 mil por câncer de pulmão. O impacto maior foi entre as mulheres, com 281 mil vítimas.
'Essas mortes não são difíceis de serem prevenidas, basta que as pessoas tenham consciência de que não devem fumar em locais fechados', afirma Prüss-Ustün.
A OMS pede ainda que autoridades de todo o mundo tomem medidas urgentes para incentivar que pais fumantes protejam seus filhos dos riscos do cigarro.




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