Segundo cálculos do médico Mattias Öberg,
do instituto sueco Karolinska, que colaborou com a pesquisa, 2,8 mil dos 7,5
mil brasileiros vitimados pela convivência com o cigarro são crianças com menos
de 5 anos de idade.Entre as crianças, as principais causas de
morte por fumo passivo são infecções respiratórias - na maioria do casos,
pneumonia.
A pesquisa indica que o fumo passivo mata
603 mil pessoas anualmente, em 192 países. Deste número, a proporção de
crianças é de pouco menos de 30% - ou 165 mil.
O estudo da OMS é o primeiro já realizado
sobre o tema, tendo como base dados de 2004.
Pais fumantes
De acordo com as estimativas, uma em cada quatro crianças brasileiras tem pelo menos o pai ou a mãe fumante e, por isso, acaba ficando exposta aos efeitos nocivos do cigarro dentro de casa.
De acordo com as estimativas, uma em cada quatro crianças brasileiras tem pelo menos o pai ou a mãe fumante e, por isso, acaba ficando exposta aos efeitos nocivos do cigarro dentro de casa.
'Especialmente em países pobres ou
emergentes, como o Brasil, onde há maior incidência de doenças infecciosas, a
combinação com o fumo passivo pode ser mortal', declarou a médica da OMS que
liderou a pesquisa, Annette Prüss-Ustün.
Além do risco de sofrer doenças
respiratórias, os pulmões de crianças que aspiram a fumaça do cigarro podem se
desenvolver mais lentamente do que os pulmões de quem cresce em um lar sem
fumo.
Entre os adultos brasileiros vítimas do
fumo passivo, o estudo aponta 4 mil mortes por problemas cardíacos, 380 por
asma e 300 por câncer de pulmão.
Taxas de exposição
A pesquisa revela ainda que 40% das crianças, 33% dos homens não-fumantes e 35% das mulheres não-fumantes aspiram regularmente a fumaça do cigarro de outras pessoas, especialmente na Europa e na Ásia.
A pesquisa revela ainda que 40% das crianças, 33% dos homens não-fumantes e 35% das mulheres não-fumantes aspiram regularmente a fumaça do cigarro de outras pessoas, especialmente na Europa e na Ásia.
As menores taxas de exposição foram
encontradas nas Américas, no Mediterrâneo Oriental e na África.
Estima-se que essa exposição tenha causado
379 mil mortes por doenças cardíacas, 165 mil por infecções respiratórias, 36,9
mil por asma e 21,4 mil por câncer de pulmão. O impacto maior foi entre as
mulheres, com 281 mil vítimas.
'Essas mortes não são difíceis de serem
prevenidas, basta que as pessoas tenham consciência de que não devem fumar em
locais fechados', afirma Prüss-Ustün.
A OMS pede ainda que autoridades de todo o
mundo tomem medidas urgentes para incentivar que pais fumantes protejam seus
filhos dos riscos do cigarro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário