Para
todos os membros de uma igreja, mas particularmente para os líderes que têm o
privilégio e a responsabilidade de ensinar, uma compreensão bíblica do
evangelismo é crucial. É evidente que a forma como alguém compartilha o
evangelho está intimamente ligada à forma como essa pessoa entende o evangelho.
Se sua mente foi moldada pela Bíblia quanto a Deus e o evangelho, quanto à
necessidade humana e a conversão, então um entendimento correto sobre o
evangelismo seguirá naturalmente. Nós deveríamos estar mais preocupados em
conhecer e ensinar o próprio evangelho do que simplesmente tentar ensinar às
pessoas métodos e estratégias para compartilhá-lo.
Biblicamente,
evangelismo é apresentar abertamente as boas novas cofiando em Deus para
converter as pessoas (veja Atos 16:14). "Ao SENHOR pertence a
salvação" (Jonas 2:9; cf. João 1:12-13). Qualquer tentativa nossa de forçar
nascimentos espirituais será tão efetiva quanto Ezequiel tentando costurar os
ossos secos, ou Nicodemos tentando dar à luz a si mesmo. E o resultado será
semelhante.
Se
a conversão for entendida como apenas um compromisso sincero feito uma única
vez, então nós devemos conduzir todas as pessoas àquele ponto de confissão
verbal e de compromisso por todos os meios que pudermos utilizar. Biblicamente,
entretanto, ainda que seja correto importar-se, conclamar, e persuadir, nosso
principal dever é ser fiel à obrigação que temos diante de Deus que é de
apresentar as mesmas Boas Novas que Ele nos deu. Deus produzirá conversões a
partir da nossa apresentação destas Boas Novas (veja João 1:13; Atos 18:9-10).
É
encorajador como novos cristãos parecem freqüentemente ter uma consciência
inata da natureza graciosa da sua salvação. Provavelmente você ouviu
testemunhos, até mesmo nas últimas semanas ou meses, que o lembram que a
conversão é obra de Deus. “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto
não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie."
(Efésios 2:8-9)
Se
a membresia de uma igreja for visivelmente maior que sua freqüência, deve-se
perguntar: Esta igreja tem uma compreensão bíblica da conversão? Além disso,
deveríamos perguntar que tipo de evangelismo foi praticado que resultou em um
número tão grande de pessoas não envolvidas na vida da igreja, e ainda
considerando-se seriamente a membresia deles como uma boa evidência de
salvação? A igreja contestou essa situação de alguma forma, ou pareceu perdoar
esta situação através de um conveniente silêncio? Disciplina eclesiástica
bíblica faz parte do evangelismo da igreja.
Em
meu próprio evangelismo, eu procuro transmitir três coisas às pessoas sobre a
decisão que eles têm que tomar sobre o Evangelho:
• primeiro, a decisão é custosa (por isso deve ser considerada cuidadosamente, veja Lucas 9:62);
• segundo, a decisão é urgente (por isso deve ser tomada, veja João 3:18, 36);
• terceiro, a decisão vale a pena (por isso deveria ser tomada, veja João 10:10).
• primeiro, a decisão é custosa (por isso deve ser considerada cuidadosamente, veja Lucas 9:62);
• segundo, a decisão é urgente (por isso deve ser tomada, veja João 3:18, 36);
• terceiro, a decisão vale a pena (por isso deveria ser tomada, veja João 10:10).
Este
é o equilíbrio que nós deveríamos nos esforçar para ter em nosso evangelismo
junto à nossa família e nossos amigos. Este é o equilíbrio que nós deveríamos
nos esforçar para ter em nosso evangelismo na igreja como um todo. Há uma série
de recursos impressos excelentes sobre evangelismo.
Para
considerar a conexão íntima entre a nossa compreensão do evangelho e os métodos
evangelísticos que usamos, recomendo o livro de Will Metzger: Tell the Truth
(Diga a Verdade) da Inter-Varsity Press, e os livros de Iain Murray: The
Invitation System (O Sistema de Apelo) e Revival and Revivalism
(Reavivamento e Reavivalismo) da Banner of Truth Trust.
Portanto,
outra marca de uma igreja saudável é uma compreensão bíblica e prática do
evangelismo. O único verdadeiro crescimento é o crescimento que vem de Deus.
Esses textos são um resumo do livro 9Marca de Uma Igreja
Saudável publicado em português pela Editora Fiel. No livro é feita uma
abordagem mais ampla e detalhada de cada uma das 9 marcas. Editora
Fiel
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